quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Primeiro Pote da Fortuna e a Vida da Genoveva – Parte 3

Ui, que horror!

Genoveva disse isso para si mesma logo após acordar do pesadelo onde a sua pensão mensal de R$5.000 era jogada no ralo, por conta de um furo mensal do seu orçamento de apenas R$40.

Com a pulga atrás da orelha, ela resolveu copiar a tabela a publicada na edição de Ser Feliz e Gastar do dia 25 de junho ( você também pode ter acesso a essa tabela, enviando e-mail a serfelizegastar@yahoo.com.br , colocando no assunto apenas "Quero a Tabela do Primeiro Pote da Fortuna”) e pegar uma caneta para começar a fazer as contas e ver no que ia dar.

Claro, não ia ser muito difícil cortar os R$40 que estouravam seu orçamento. Mas isso não bastava. Genoveva queria mais da sua vida do que simplesmente viver.

Do jeito como estava a pensão, é verdade, era suficiente para seu sustento do dia-a-dia.

Mas passar o resto da vida se contentando apenas com esse sustento é algo muito medíocre. O dinheiro tem que servir para fazer algo leve a momentos mais felizes e plenos.

Recordando, Genoveva tinha suas despesas mensais concentradas nos grupos abaixo. E nem todos esses gastos lhe davam prazer e outros tantos não eram tão necessários assim.

Então, para começar a controlar as despesas do dia à dia é interessante priorizar esses dois pontos: preservar as maiores necessidades e os melhores prazeres.

Faça o seguinte: pense em cada uma das suas despesas sob essas duas óticas e dê pontos de 1 a 5 pelo prazer que o gasto proporciona (quanto mais alta a nota maior o prazer) e igualmente de 1 a 5 pela necessidade do dispêndio (da mesma forma, quanto mais alta a nota, mais necessária e menos versátil é a despesa).

A soma das duas notas gera um total que mede os gastos prioritários, juntando a necessidade com o prazer. Sendo assim, os valores mais baixos são aqueles nos quais se pode cortar as despesas sem impactar de forma importante na qualidade de vida.

Vejamos como foram as escolhas de Genoveva: as menores pontuações (até 4) estão grifadas em rosa; as intermediárias (5 e 6) em verde; e as maiores em azul (7 ou mais).

Então, evidentemente, vamos mexer nos itens que são menos agradáveis e menos importantes para a nossa heroína.

Pela tabela abaixo (clique para ampliar), Genô demonstra que não morre de amores pelo seu carro.


Na época de casada, ela tinha motorista. Logo após o divórcio, o automóvel foi comprado no impulso. Com o passar dos meses, ficou claro que o objeto não tinha lá muita serventia. Em média, o veículo era usado para percorrer pouco mais de 25km por dia: a ida e volta da faculdade (em transito congestionado na ida) era responsável por 16km. O restante ficava por conta de supermercado e algum passeio mais prolongado no final de semana, quando Genoveva entregava a direção do carro para quem a acompanhava, pois preferia ficar curtindo a paisagem à mexer em pedais.

Pesquisando empresas de transporte escolar, descobriu que poderia ir e voltar da faculdade por uma mensalidade de R$ 160,00. Com mais R$ 200,00 para gastar entre ônibus e taxi, ela poderia dispensar o carro, a despesa com combustível e mecânico, além de estacionamentos fora de casa (que não estava orçado) e eventuais multas por falar ao celular dirigindo.

Melhor ainda: um rapaz do prédio tinha deixado um aviso no elevador: alugo Box; pago R$ 110,00 por mês.

Aquilo era interessante! Genoveva não era de ficar divagando demais. Tomava sua decisão e a colocava em prática de imediato. Caso se arrependesse, era só comprar outro carro. Com a venda do veículo faturou R$ 1.800,00 ( tinha apenas 8 prestações pagas e carro desvaloriza muito quando é novo) que tratou de colocar na poupança para não gastar em bobeira sem graça.

Vamos, então, dar uma olhada como é que ficaram as contas de Genô, com a mudança das despesas com transporte.

Maravilha: as mudanças acabaram reduzindo a despesa com deslocamento em R$ 565,00. Esse dinheiro evidentemente vai ser bem aproveitado. Mas essa é conversa para outro dia.

O que importa agora é que Genoveva pegou gosto por deixar de desperdiçar dinheiro com coisas que ela não curte; que não a fazem feliz.

E nessa balada deu um basta nas frituras do lanche da faculdade (trocou pelo sanduíche feito em casa, ou uma barra de cereais) que além de engordar, provocam azia e prisão de ventre. Com isso, deixou de gastar mais R$ 100,00 por mês.

Pensou, também, numa forma de diminuir o consumo de luz. Tinha ouvido falar que deixar coisas ligadas na tomada aumentavam o consumo de energia. Mas seu gasto já era perto do mínimo e não adiantava economizar. Daí não se deu ao trabalho de tirar o DVD e as TVs da corrente elétrica. Mesmo assim, cuidava para não esquecer as lâmpadas acesas (prefiram as fluorescentes: o preço está caindo e o consumo de energia é bem menor).




Bem, com as mudanças feitas por Genoveva, o seu saldo negativo mensal de R$ 40,00, acabou se transformando em um lucro de R$ 625,00. E isso só cortando despesas que não lhe davam prazer e nem se mostravam muito necessárias. Nada mal para começar, não parece?
 
Mesmo sem aplicar esse dinheiro, ao final de um ano nossa amiga teria uma pequena fortuna de R$ 7.500,00. Com isso, é possível tirar boas férias em quase todos os lugares do mundo. O que você faria com esse dinheiro? Veja que no caso de Genoveva, a quantia não estava tão longe dela. E ainda dá para melhor mais a situação.

É o que veremos na próxima postagem



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