sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Primeiro Pote da Fortuna e a Vida da Genoveva – Parte 1

Começando, agora, a pagar a promessa feita na postagem da semana passada, vamos introduzir o Primeiro Pote da Fortuna.

A não ser pela exceção dos adolescentes e algumas outras categorias que recebem mesada, as pessoas normais batalham diariamente pelo seu dinheiro, seja através do emprego ou do próprio negócio.

Claro que é fundamental gostar do que se faz para ganhar a vida. Mas nem sempre isso acontece na realidade, ou pelo menos na plenitude. Então, o bom mesmo é saber curtir o que o trabalho nos proporciona de melhor: o dinheiro, é claro.

O galho é que cerca de 75% dos brasileiros (segundo o IBGE) tem sérias dificuldades para fazer o seu dinheiro durar o mês inteiro. É a velha história do cobertor curto...

Na imaginação, a solução mais simples para isso é ter mais dinheiro.

Porém, isso não é uma daquelas coisas que acontecem só por que desejamos. E mesmo assim, aposto que você, depois de uns meses ganhando mais dinheiro vai se deparar novamente com o problema da grana que não dá até o final do mês.

Então, chegou a hora de começarmos a fazer umas continhas bem simples, mas de uma maneira um pouco diferente daquele modelo conservador, que além de chato, desanima qualquer um.

Parece praga: no momento em que começamos a ganhar dinheiro, as contas começam a tomar conta da nossa vida. Algumas delas, optamos por fazer, mas outras não passam de obrigações e que nunca nos deram prazer algum.

Alguém, por exemplo, gosta de pagar plano de saúde? Acho que só os hipocondríacos. Mas não dá para fugir: do jeito em que anda a saúde pública, abrir mão de um plano privado é pedir para encurtar a vida... e isso não é legal!

Bem, então vai ficando óbvio que para realmente ser feliz e gastar devemos, antes de tudo, analisar essas contas corriqueiras do dia-a-dia para ver se é possível diminuir os gastos chatos para sobrar mais dinheiro a ser destinado para as coisas boas da vida.

Hora de arregaçar as mangas e preencher uma tabelinha, cujo exemplo está a seguir! Se você quiser reproduzi-la, fique à vontade. Mas para ter moleza é só enviar um e-mail para eduardostarosta@uol.com.br colocando no assunto “Quero a Tabela do Primeiro Pote da Fortuna”, que será transmitida para você uma planilha de Excel super simples para fazer as contas.

Vamos lá:

A primeira pergunta é: Quanto você ganha? Para responder, não adianta colocar o salário ou o rendimento bruto. Lamentavelmente, parte do nosso dinheiro não é verdadeiramente nosso. A maioria tem que descontar impostos, previdência e outras maçarocas.


Estou falando, então, do que realmente entra no banco. Para os assalariados essa conta é mais simples; mas para os que têm empresa ou trabalham por conta própria é preciso colocar o valor ganho mês a mês.


Vamos deixar de oerda de tempo e contar a história de Genoveva. Será que alguém nesse mundo ainda se chama Genoveva? Saibam que ela é a ex-esposa do Dr. Max Mitchel (aquele médico da postagem anterior).

O processo de divórcio dela foi muito duro. No final ela conseguiu uma pensão do antigo marido. R$ 5.000,00 limpinhos iam parar na conta bancária todo início de mês.

Pois bem, a ex-Sra. Mitchel teve de sair de casa, pois o casamento era com separação total de bens (o Dr. Max Mitchel não presta mesmo!).

Assim, depois de 23 anos escravizada por aquele energúmeno (ela dizia isso dele para as amigas), finalmente chegara a liberdade. Com quarenta e pouco anos, Genoveva finalmente iria começar a viver a vida e buscar a felicidade... com R$ 5.000,00 por mês.


Com a ajuda de uma antiga colega de escola que virara corretora, ela rapidamente conseguiu alugar um lindo apartamento: dois quartos com dependência de empregada; uma sala ampla e pequena varanda, ótima para colocar sua coleção de violetas. Tudo isso por um aluguel de R$ 1.100,00, condomínio de R$ 450,00 (com vigilância 24 horas) e mensalidade do imposto predial de R$ 140,00. Ou seja, Genoveva começou sua nova vida de solteira pagando R$ 1.690,00 para morar.

Tudo bem, da pensão ainda sobravam R$ 3.310,00, o que era muito mais do que passava mensalmente pela sua mão naqueles horríveis tempos de casada.

Tinha saudades mesmo, só do conforto do motorista...

Falando nisso, nessa nova fase da vida ela precisava se locomover por conta própria. E lá foi Genoveva comprar seu carro. Na concessionária optou por um modelo compacto, mas lindo! Não precisou nem dar entrada. Acertou tudo, recebendo um carnê de 72 prestações de R$ 600,00. Com o tempo, percebeu que andava cerca de 800 km por mês (sendo que nos dias de muita chuva preferia sair de taxi). Entre combustível e as revisões, acabava pagando, mais ou menos, R$ 150,00.


Pois bem, hora de uma pausa para fazer outra coisa. Já deve fazer uns 10 minutos que você está lendo esse blog e antes que comece a ficar cansativo vamos dar um descanso.


Na próxima semana continuaremos a futricar a vida da Genoveva.


Enquanto isso, sugiro que você de uma olhada na tabela que está logo abaixo. Ali estão detalhadas algumas despesas; qual o prazer que elas proporcionam (nota crescente de 1 a 5) e qual a possibilidade de alteração do valor de cada uma dessas despesas (nota decrescente de 5 a 1 – ou seja, se é muito difícil cortar parte do custo, a nota é 5; se é muito fácil, a nota é 1).


E não esqueça: esse blog está completamente aberto para questionamentos, debates e opiniões. Participe!


As principais dúvidas e serão respondidas ao longo da semana.


Até o próximo encontro.

Grande abraço.

Eduardo S. Starosta



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